Maria Helena Vieira da Silva

Nasce em Lisboa, a 13 de Junho de 1908. Muda-se para Paris em 1928, onde residiu a maior parte da sua vida, obtendo a nacionalidade francesa em 1956. Inscreve-se, em 1928, na Académie de la Grande Chaumière, onde encontra aquele que viria a ser o seu marido, o pintor de origem húngara Árpád Szenes. Um encontro decisivo para a sua carreira surge em 1932, quando conhece a galerista Jeanne Bucher que nesse mesmo ano lhe vende uma obra ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e no ano seguinte organiza a  sua primeira exposição individual.

 

Devido ao despoletar da Guerra, em 1939, Vieira e Árpád trocam Paris por Lisboa, onde residem durante um ano, antes de embarcarem no ano seguinte para o Brasil, onde viveram até 1947. A artista viu o seu trabalho reconhecido no seu tempo e continua a ser hoje uma das artistas mais celebradas na Europa do pós-guerra. As suas subtis composições abstratas e geométricas plenas de poesia têm sido objeto de várias retrospetivas - no Kestner Gesellschaft, Hanover, em 1958; Museu Nacional de Arte Moderna, Paris, 1969-70; Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris em 1977; Museu Gulbenkian, Lisboa, em 1988, exposição itinerante no Grand Palais, Paris; na Fundação Juan March, Madrid, em 1991. Em 1994, é publicado pela Skira o catalogue raisonné e monografia do seu trabalho sob a direção de Guy Weelen e de Jean-François Jaeger. As suas obras fazem parte de inúmeras coleções importantes em todo o mundo, entre as quais: Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Museu Solomon R. Guggenheim, Nova Iorque; Tate, Londres; Museu Stedelijk, Amsterdão; e o Centre Georges Pompidou, Paris.

 

Vieira da Silva foi uma das artistas selecionadas por Richard Prince para integrar a primeira exposição comissariada por artistas no Museu  Guggenheim de Nova Iorque, intitulada Artistic License : Six Talaes on the Guggenheim Collection, a exposição  inaugura a 24 de Maio de 2019 e estará  patente até dia 12 de Janeiro, 2020.