Vik Muniz (n. 1961, São Paulo, Brasil) é um dos artistas contemporâneos mais influentes, reconhecido pela sua abordagem inovadora à fotografia e pela exploração da materialidade, da perceção e da representação. Residente em Nova Iorque e no Rio de Janeiro, Muniz cria obras visualmente impactantes que desafiam os limites entre realidade e ilusão.
Originalmente formado em escultura, Muniz começou a utilizar a fotografia como meio para documentar as suas criações efémeras, feitas a partir de materiais não convencionais, como açúcar, chocolate, diamantes, terra e até lixo. Através da transformação de objetos do quotidiano em imagens meticulosamente compostas, reinterpreta obras icónicas e referências culturais, levando o público a questionar as suas perceções.
A sua série Pictures of Garbage (2008), realizada em colaboração com catadores de resíduos do Jardim Gramacho, um dos maiores aterros sanitários do mundo, alcançou reconhecimento internacional e foi tema do documentário Waste Land (2010), nomeado para um Óscar da Academia. Este projeto não só evidenciou as preocupações sociais e ambientais presentes na sua obra, como também reforçou o seu compromisso com a arte como ferramenta de transformação social.
O trabalho de Muniz tem sido exposto em algumas das mais prestigiadas instituições a nível mundial, incluindo o Museum of Modern Art (Nova Iorque), a Tate Modern (Londres), o Centre Pompidou (Paris) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo. As suas obras fazem parte de importantes coleções, como as do Metropolitan Museum of Art, do Guggenheim Museum e do Victoria & Albert Museum.
Ao longo da sua carreira, Muniz tem desafiado constantemente os limites da arte, redefinindo a relação entre materiais, imagens e memória. A sua capacidade de dialogar tanto com a cultura erudita como com a cultura popular torna o seu trabalho simultaneamente acessível e intelectualmente profundo.
Com uma prática que cruza arte, fotografia e impacto social, Vik Muniz continua a ser uma figura incontornável da arte contemporânea, transformando o quotidiano em algo extraordinário e convidando o público a ver o mundo com um novo olhar.